Jalapão e capim dourado: tesouros naturais do Brasil

Belezas naturais do Jalapão. Foto: Banco de imagens/Embratur

ZeroUmInforma/Turismo – Destino já conhecido dos apaixonados pelo ecoturismo e turismo de aventura, mas ainda pouco visitado, o Jalapão encanta por suas águas abundantes, chapadões e serras com clima de savana, além da paisagem de Cerrado. Gigantescas dunas alaranjadas, rios, cachoeiras, nascentes e formações rochosas completam o cenário. O parque do Jalapão tem 34 mil km² de paisagem árida de cerrado ainda selvagem, no coração do Brasil, no Tocantins.

O nome vem da planta Jalapa, abundante na região, também conhecida como batata de purga. Entre as espécies de animais que vivem no parque estão onças, tamanduás, veados, lobos, antas, capivaras, raposas, gambás, macacos, jacarés, além de cobras (sucuris, cascavéis e jiboias). Entre as aves, estão tucanos, papagaios, araras, siriemas, emas e urubus. É possível passar dias no Jalapão sem ver uma única pessoa. A densidade populacional é de (0,8), menos de um habitante por Km², numa área maior que a do estado de Alagoas que tem 27 mil Km².

A maioria dos atrativos está localizada nas cidades de Mateiros, Novo Acordo, Ponte Alta do Tocantins e São Félix do Tocantins. Ponte Alta do Tocantins, a 150 quilômetros de Palmas, é a porta de entrada do parque que fica aberto o ano inteiro. Entre maio e setembro quase não chove no Jalapão. Para os mais aventureiros, a região é ideal para prática de esportes radicais, entre eles rafting, canoagem, rapel e trilhas a pé ou de bicicleta.

Entre os cenários mais procurados estão a Cachoeira da Velha, com sua queda d’água em forma de ferradura de aproximadamente 100 metros de largura e 15 metros de altura; as Dunas, que são o cartão-postal do Jalapão, com areias finas e alaranjadas que chegam a 40 metros de altura. Destacam-se ainda os povoados do Mumbuca e Prata, comunidades quilombolas; a Serra do Espirito Santo, com suas formações rochosas, além da fauna e flora da região; a Cachoeira do Formiga, com nascente de água verde-esmeralda; e os Fervedouros, com águas transparentes e areia em movimento, nas quais é impossível afundar.
O capim que vale ouro


Artesanato deito de capim dourado. Foto: Banco de imagens/Embratur

O Jalapão é considerada a principal atração turística do Tocantins, sendo uma de suas características a produção de artesanato de capim dourado e seda de buriti, que se tornou a principal fonte de renda das comunidades locais para garantir o uso sustentável, ecológico e econômico do Cerrado. Sua característica principal é a cor que lembra a do ouro. O capim dourado brilha ainda mais em setembro e é colhido até novembro. As “joias” produzidas do capim movimentam o artesanato da região o ano inteiro. São pulseiras, brincos, chaveiros, bolsas, cintos, vasos, brinquedos e peças de decoração, entre outros. Para evitar a extinção do capim, a regulamentação do Tocantins proíbe a saída do material “in natura” da região. Somente as peças já produzidas pela comunidade local podem ser comercializadas.

COMO CHEGAR

A partir de Palmas, ao norte, ou Brasília, ao sul, segue-se pela TO-050 até Porto Nacional. Depois, pega-se a TO-255 até Ponte Alta do Tocantins, porta de entrada do Jalapão.
CIRCULAÇÃO

Há apenas estradas de terra. Não é indicado circular pelo Jalapão sem guia. Há roteiros diários que incluem guia, transporte e almoço. Carros tracionados podem apenas contratar um guia. Os passeios podem ser combinados no Centro de Atendimento ao Turista de Ponte Alta do Tocantins.
HOSPEDAGEM

O camping do Rio Novo fica próximo das atrações, mas só hospeda quem compra de agência. Em Ponte Alta ou Mateiros, as pousadas são muito simples com ducha quente, cama e café da manhã.

ROTEIROS

No primeiro dia é possível aproveitar a Cachoeira da Velha, com duas quedas de mais de 20 metros de alturas. No dia seguinte, um passeio pelas dunas alaranjadas de até 40 metros dá a sensação é de estar no meio do deserto. Com mais tempo, vá até a Cachoeira da Fumaça, de acesso fácil e com duas quedas. Aproveite para conhecer os Fervedouros, entre eles o de São Félix, poços cristalinos, ótimos para banhos. Já o trekking até o mirante da Serra do Espírito Santo leva ao alto dos paredões que formaram as dunas do Jalapão.
QUANDO IR

O ano inteiro. Entre maio a setembro é época de estiagem.
O QUE LEVAR?

Repelente, boné, óculos de sol, dinheiro e talão de cheque. Não esqueça de uma máquina para tirar fotos.

Fonte: Ministério do Turismo