Conheça o Município Turístico de Bananal
Fazenda Resgate, do Século XIX, hoje é tombada pelo IPHAN, mantida em perfeito estado de conversação (Estrada Nova para Barra Mansa, Km 324); Fazenda dos Coqueiros, de 1855, que preserva toda sua estrutura e mobiliário. Foi a primeira fazenda a ter banheiro dentro de casa (Rodovia dos Tropeiros, Km 309); Fazenda Loanda, perto do centro de Bananal, também em ótimo estado de conservação (Rodovia dos Tropeiros, Km 328); Fazenda Três Barras, do final do século 18, que hospedou o Príncipe Regente Dom Pedro e o presidente Juscelino Kubitschek. Mantém o mobiliário da época do quarto que JK ocupava (Rodovia dos Tropeiros, Km 320); Fazenda Boa Vista, de meados do século 18, já foi cenário de algumas novelas de época – como Dona Beija e Sinhá Moça – (Rodovia dos Tropeiros, s/n) e Fazenda Independência, de 1822, e batizada em homenagem à Independência do Brasil (Estrada Rio-São Paulo, 64).
As atrações turísticas da cidade vão além das fazendas históricas, onde o Turismo Rural tem preferência. Alguns casarios da cidade são tão antigos quanto a cidade e sua história se confunde com a história de Bananal, como o Solar Manuel de Aguiar, antigo Solar do Barão Manuel de Aguiar Valim, grande cafeicultor do Século XIX, que chegou a funcionar como Prefeitura da cidade e hoje é a sede da ABATUR (Associação Bananalense de Turismo) e a Pharmácia Popular, fundada em 1830 por um boticário francês com o nome de Pharmácia Imperial, sendo a mais antiga farmácia em funcionamento no Brasil. Sempre bom guardar um olhar para a Estação Ferroviária de Bananal, inaugurada em 1888, como complemento da obra da Companhia Estrada de Ferro de Bananal, que seguia até Barra Mansa. Sua estrutura pré-fabricada foi importada da Bélgica, sendo a única desse tipo em continente americano. A ferrovia foi desativada em 1963, e os móveis da estação foram doados para o Museu Imperial de Petrópolis. Em frente à estação, na Praça Dona Domícia, encontra-se a locomotiva denominada Teresa Cristina.
Quando a natureza fala mais alto, ressalta-se que a Mata Atlântica é muito bem preservada, em especial na conhecida Estação Ecológica do Bananal. Aos fins de semana, os jipeiros são muito procurados para a realização de trilhas que levam até às regiões de São José do Barreiro (SP) e de Barra Mansa (RJ). Em alguns trechos da Serra da Bocaina existe criação de trutas. Tem mais: dentro desta Estação Ecológica há a Cachoeira das Sete Quedas, de fácil acesso e fica perto da sede da Estação. Além da cachoeira, é possível fazer caminhadas pelas trilhas da Estação Ecológica. Atenção: as visitas devem ser agendadas antecipadamente. Importante saber que a Estação Ecológica de Bananal foi criada com o objetivo de proteger remanescentes de Floresta Ombrófila Densa Montana e Alto Montana, refúgios vegetacionais, espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção, além de desenvolver pesquisas e atividades de educação ambiental. Foram registradas 709 espécies de plantas, da quais 34 constam em listas de espécies ameaçadas de extinção.
Curiosidades
• Bananal foi edificada em uma região ocupada pela etnia indígena dos Puris. O aldeamento existiu entre a Serra da Mantiqueira e as florestas do Sertão do Bocaina, estendendo-se até a região onde hoje se encontra a cidade.
• O rio que cortava a localidade foi batizado por eles com o nome Banani, que significa “rio sinuoso”, por isso o nome da cidade teria surgido daí. Primeiro com a corruptela Bananá e, por fim, Bananal.
• Sua fundação foi formalizada, em escritura, em 1785, mas somente em abril de 1849, elevou-se à condição de cidade.
• Bananal é famosa também em função dos trabalhos em crochê, da produção de doces e cachaças e de bons restaurantes de cozinha caipira.
Como chegar
Para ir até Bananal, partindo da Capital, é preciso acessar a BR-116 (Rodovia Presidente Dutra), depois a SP-244/068 (Rodovia Deputado Nesralla Rubez) e, finalmente, a SP-068 (Rodovia dos Tropeiros).