No início de cada ano, Maceió recebe o título de capital do verão, sobretudo pelas belas praias que atraem turistas de todo o Brasil e mundo. A faixa de areia da Pajuçara se enche de banhistas e, por isso, foi o local escolhido pelo Grupo Escoteiros do Fogo Charlie Bravo Zero 193/AL para a ação do projeto mundial Mensageiros da Paz.
Ao ver os dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL) informando que, durante o Réveillon alagoano, os bombeiros ajudaram 48 crianças que se perderam da família, o escoteiro Arthur, de 11 anos, teve a ideia da ação na praia de Pajuçara, organizada pelo chefe escoteiro major Rômulo Guedes.
Saindo da sede do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) e seguindo em direção ao antigo Alagoinhas, os escoteiros fizeram entrevistas com famílias e banhistas levantando dados estatísticos. Das 50 famílias entrevistadas, vindas de várias localidades, incluindo Chile e Argentina, quinze delas responderam que já encontraram crianças perdidas nas praias, e quatro disseram já ter perdido os filhos ou se perdido dos pais.
Diante das entrevistas, os escoteiros transmitiram dicas de prevenção que aprenderam com o método escoteiro de ensino e com duas psicólogas que orientaram como agir nesses casos. Os escoteiros trabalharam com a prevenção, realizando a colocação de pulseirinhas de identificação nas crianças. “No momento da colocação, foram transmitidas dicas de segurança no tocante à minimização de ocorrências com crianças perdidas na praia, bem como grandes eventos”, explicou o major Rômulo Guedes.
As ações feitas no sábado garantiram aos escoteiros o distintivo “Mensageiros da Paz”, o qual exige o desenvolvimento e participação em um projeto comunitário de serviço, enquadrado nos seguintes âmbitos: Promoção de projeto específico de paz, apoio a jovens que vivam uma situação de conflito e aplicação da cultura educacional prevencionista.
O próximo passo da iniciativa é compartilhar as dicas de prevenção e distribuição das pulseiras nas escolas onde estudam os escoteiros. Cada criança levou cerca de 60 pulseiras para distribuir e orientar seus colegas de classe. A escoteira Maria Clara pegou o dobro de pulseiras: além da sua escola, vai orientar também na escola que estuda o irmão.
Dicas para prevenção de crianças perdidas
1 – Informar um local fixo como ponto de encontro, assim que chegar à praia ou em grandes eventos, principalmente com um marco de referência.
2 – Usar pulseirinhas de identificação, crachá ou cartão no bolso – vale lembrar os postos Guarda Vidas contam com pulseiras distribuídas gratuitamente, como também podem ser facilmente compradas em qualquer casa de festas.
3 – Bordar o numero de telefone na roupa de banho, maiô, biquíni, sunga ou camisa UV.
4 – Saber acalmar e estabelecer segurança emocional ao encontrar uma criança perdida, evitando assim uma elevação direta da ansiedade.
