Para festejar: Dia Mundial realça capacidade de inclusão do turismo em todos os níveis

Ontem (27) foi o momento de festejar um setor que impacta positivamente vários outros ramos da economia global e que exibe sucessivas provas do seu papel na geração de oportunidades. Não por acaso, o tema ‘Turismo e emprego: um futuro melhor para todos’ foi escolhido neste ano pela Organização Mundial do Turismo (OMT) para marcar o Dia Mundial da atividade, responsável por nada menos que 319 milhões de postos de trabalho em todo o planeta.

 

A celebração da OMT ocorre na cidade Nova Deli, na Índia, com um evento que debate formas de incrementar a crescente capacidade do turismo de favorecer a inclusão profissional. No próximo ano, de forma inédita, a data será comemorada no Mercosul, provavelmente em Foz do Iguaçu (PR). O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ressalta que o Brasil adota medidas no sentido de reforçar o aproveitamento do potencial do país – e já colhe resultados promissores nesta direção.

 

“O turismo, segundo o IBGE, criou quase 5% a mais de empregos no Brasil durante o primeiro semestre do que no mesmo período do ano passado. O nosso setor é o principal vetor da abertura de vagas no mercado de trabalho, e de forma muito rápida, imediata. Portanto, o turismo vem mostrando que talvez seja o principal agente do desenvolvimento econômico. O que nós precisamos agora é trabalhar e aproveitar o bom momento que o Brasil vive sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro”, conclama o ministro.

 

Marcelo Álvaro enfatiza que iniciativas desenvolvidas pelo governo federal na área buscam elevar a absorção de mão de obra por meio do turismo. Caso da isenção de vistos a cidadãos de países estratégicos, que aumenta a procura do Brasil por visitantes e movimenta os destinos nacionais; e da abertura de empresas aéreas ao capital estrangeiro, que desperta o interesse do mercado e estimula a chegada de empresas aéreas low costs ao país.

 

O ministro acrescenta que o MTur trabalha para garantir avanços no turismo náutico e rodoviário, além do melhor aproveitamento de Patrimônios Mundiais. Um exemplo é a Rota das Missões Jesuíticas, no Rio Grande do Sul, que, graças a um acordo junto ao Mercosul, passa por um processo de estruturação. Outros casos envolvem Angra dos Reis (RJ) e a Serra da Capivara (PI), regiões já percorridas por técnicos do órgão para a identificação de necessidades e a continuidade de planos de desenvolvimento.

 

O secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, enaltece o empenho global por aprimoramentos. “Bem administrado, o crescimento contínuo de nosso setor abrangerá inúmeras oportunidades e permitirá que o turismo cumpra sua responsabilidade social. Por esse motivo, governos e partes interessadas dos setores público e privado estão cada vez mais trabalhando para gerenciar o turismo de maneira responsável e sustentável e garantir que seu enorme potencial seja aproveitado adequadamente”, elogia.

 

O poder do turismo de beneficiar destinos coleciona cases no Brasil. Em São João d’Aliança (GO), que integra a Chapada dos Veadeiros, o aproveitamento da Cachoeira do Label – a maior do estado – desde o início de 2018, mudou os rumos da região. Marcello Clacino, sócio da reserva que abriga o atrativo, conta que a iniciativa incentivou o empresariado local. “Outros donos de terras abriram atrativos, e os hotéis e restaurantes começaram a ser movimentados. Mudou a nossa vida e de todo o município”, comenta.

 

Outro exemplo vem de Natividade, cidade mais antiga do Tocantins, famosa pelos casarios coloniais do século XVII. A empresária Jorcinere Maranhão, dona de uma pousada e de um restaurante no município, frisa que a exploração do potencial local deu esperança a moradores até então sem perspectivas. “A região, que não tinha oportunidade de emprego e renda, hoje vive do turismo. Muitas pessoas simples, inclusive sem estudo nenhum, hoje são excelentes guias e condutores”, relata.

 

Fonte: MTur

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